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08/09/2016

Como é doloroso ser mulher...

Desde pequena nunca vi vantagem alguma em nascer mulher.
As bonecas eram sempre iguais, todos os brinquedos eram rosa e sem graça, enquanto os de meninos eram sempre "radicais".

Meus pais, ao perceberem minha frustração, começaram a me dar brinquedos masculinos, e eu adorava!
Até ficar adolescente, e ser recriminada.
Até a menstruação vir.
Até a exigência por namoradinhos começar.
Mas, ai de mim não ser recatada!
Menina tem que estudar!
Menina tem que achar um homem rico!
Menina tem que...

São coisas assim que sempre ouvimos.

Hoje, aos 21 anos, trabalho em uma empresa onde sou a única mulher. E, além disso, tenho um cargo, consideravelmente importante, onde várias decisões dependem de mim.
Mas, é um ramo onde predomina a presença do homem. Ou seja, o preconceito é persistente.
Isso dói.

Recebo menos que meu companheiro, que não trabalha um terço do que eu trabalho.
Os homens que eram pra me obedecer, se recusam.
Os clientes homens, se acham no direito de me maltratar.
A implicância de sexo frágil e menos inteligente é recorrente.
A desvalorização é exorbitante.
O reconhecimento inexistente.

Às vezes, é tão difícil continuar.
Lutar pra ser diferente.
Mas, tem dias que não há força pra tentar.

Como é doloroso ser mulher, em um mundo de homens!